Oração, o que a Bíblia Diz?
Por que e como devemos orar?
A Bíblia diz que o Templo em Israel se chamava Casa
de Oração (IS 56.7; LC 19.46). Portanto, a oração é necessária, urgente e imprescindível. A
Bíblia fala muito sobre oração: os patriarcas oravam, os profetas oravam, Jesus orava, a Igreja
Apostólica orava.
A oração é central nas Escrituras. Apresentar tudo que a Bíblia diz sobre a
oração nesse espaço é impossível, ao mesmo tempo cremos que essa prática deve ser resgatada
urgentemente na igreja moderna.
Vejamos dez razões bíblicas para orar:
1. A Bíblia diz que a
oração é um mandamento divino, portanto, não orar incorre em desobediência (1TS 5.17). A
oração é ordenada nas Escrituras. Jesus contou uma parábola para nos ensinar “o dever de orar”
(LC 18.1). Na oração do Pai Nosso, Ele pressupõe que isso seja algo natural para Seus discípulos,
pois disse “orem assim” (MT 6.9). “Peçam, busquem e batam” (MT 7.7-11) são imperativos claros
encontrados no Livro de Deus. Podemos dizer que o crente que não ora está em desobediência.
Um crente que não ora, não é ainda um crente no sentido pleno;
2. A Bíblia diz que devemos
imitar a Jesus Cristo, e a oração era uma prática recorrente em Sua vida (LC 11.1). Se imitamos
Jesus Cristo, somos conformados à Sua imagem (RM 8.29), andamos como Ele andou, crescemos
à Sua estatura, somos Seus alunos, entre outros termos que nos classificam como cristãos, não
podemos deixar de lado a verdade de que Cristo orou, e orou muito (MT 14.23). Como seremos
Seus imitadores se não orarmos? Impossível! Não temos o direito de dizer que seguimos a
Cristo se não o seguimos na oração. Ele advertiu Seu discípulo certa vez: “Não conseguiu vigiar
nem uma hora?” (MC 14:37);
3. A Bíblia diz que devemos ser cheios do Espírito Santo (EF 5.18).
É uma ordem, “deixem-se encher do Espírito” (EF 5.18). No Dia de Pentecostes, os discípulos
estavam orando (AT 1.14,24; 2.1-4) e a igreja em Atos vivia em oração, assim percebemos a presença do Espírito Santo no relato histórico da Igreja Apostólica (AT 2.42; 3.1; 4.23 etc.). Não resta
dúvida de que a oração é o meio pelo qual o Espírito nos torna mais cheios Dele. A Palavra usa
os termos “orando em todo tempo no Espírito” (EF 6.18; JD 20), e diz que Ele intercede por nós
(RM 8.26);
4. A Bíblia diz que a oração nos coloca em intimidade com Deus (SL 25.1; MT 6.6). A
sensibilidade espiritual aumenta, adquirimos a noção do mundo espiritual, estreitamos nossa
comunhão com Deus, e o meditar na Palavra se torna um exercício mais valioso e significativo quando nossa vida de oração é mais constante e intensa. Sem vida de oração não teremos um
espírito contagiante, não há vida em suas convicções, não há poder na vida (TG 1.5). Claro, que
a oração não é fonte de nossa vitalidade espiritual, apenas o meio, mas um meio que Deus
decidiu usar (TG 5.15). Um dos maiores vitupérios que um pastor ou teólogo pode cometer é
achar que pode falar de Deus sem ter falado primeiro com Ele (JR 23.16,25-32);
5. A Bíblia diz que
devemos confessar e pedir perdão pelos nossos pecados (JO 1.8-2.2). Uma das melhores coisas
para combater o pecado, é confessá-lo diante de Deus, nome por nome, ato por ato (SL 32.5).
Diga suas intenções em oração diante dele e conte suas práticas imundas, egoístas, mentirosas,
dissimuladas, covardes e irresponsáveis (DN 9.8). Uma das coisas que precisamos dizer a Deus
em oração é que muitas vezes nos comportamos como ateus, pois a onisciência e onipresença
de Deus não nos intimidam (SL 14.1; 139.1-12). Muitos não fariam diante de seu cônjuge o que
fazem longe dele(a), nem de seus irmãos em Cristo, pais e pastor, mas o fazem diante de Deus.
Praticaríamos o pecado a que nos acostumamos durante um culto no templo? Mas muitos o
fazem diante do Espírito Santo que habita em nós (1CO 3.16). E, por fim, não nos incomoda
pecar diante dos anjos (1TM 5.21)? Oremos com intensidade contra as práticas pecaminosas
(2SM 24.10);
6. A Bíblia diz que devemos nos conformar com a vontade divina por meio da
oração (MT 26.39). Muitas coisas acontecem em nossa vida, boas e ruins, e todas elas cooperam
para o bem (SL 94.12; JO 9.3; RM 8.28). Cooperam para nos moldar, para fortalecer nossa fé ou
nossa gratidão. Não há uma gripe, ou um câncer, nem uma cura ou uma bênção, que não esteja
sob o domínio de Deus, a fim de realizar o Seu propósito em nós (IS 33.22). Ainda que seja uma
bofetada do diabo, apenas após a oração entenderemos que a graça é o que nos basta (2CO 12.9);
7. A Bíblia diz que devemos agradecer a Deus por tudo que temos (EF 5.20). Reservemos tempo
na oração para agradecer coisas corriqueiras, que nos são certas. A providência divina não é
apenas em casos extraordinários, pelos quais agradeceremos mais entusiasticamente (SL 126.3),
mas está especialmente nas comuns também, já que esses estão sempre conosco (MT 15.36).
Você já deu algo a alguém, e a pessoa não agradeceu? Já deu um copo de água a alguém na porta
da sua casa, e essa pessoa disse “muito obrigado”? Comportemo-nos assim, pois nada nesse
mundo é finalmente nosso (TG 1.16,17);
8. A Bíblia diz que devemos lançar sobre Deus toda nossa ansiedade, problemas, desafios e medo (1PE 5.7). Deus é maravilhoso, pois atende pedidos,
desde a oração de uma criança com medo do escuro até a de um cristão fugindo de assassinos
(IS 41.13). Ele tem cuidado de nós e, diferentemente de nossos conselheiros, não minimiza nem
aumenta nossos problemas (SL 103.14). Ele entende e assim recebe, desde um pedido de oração
pela aprovação na prova para se adquirir uma uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH),
até a aprovação num concurso público de alta dificuldade (SL 38.8,9). O nome de Seu Espírito é
“Consolador”, pois está ao nosso lado, conosco, em nossas realidades (JO 14.16);
9. A Bíblia diz
que devemos interceder por nossos irmãos, participando em oração de seus sofrimentos e alegrias (TG 5.16). A começar por sua família, você deve orar por seu cônjuge, seus filhos, ou outros
familiares (1SM 1.27; EF 5.22,25). Ore pelo bem deles e pelo crescimento espiritual deles. Um
por um. Orar por irmãos nos impede de criticá-los, dá-nos mais interesse pelo bem-estar deles, além de nos dar empatia por seus sofrimentos (1PE 2.17). Quando o Mestre nos ensinou a orar,
Ele começou com a afirmação de nossa fraternidade “Pai nosso” (ênfase adicionada);
10. Abater
nosso orgulho, pois demonstramos que não confiamos em nossas forças (IS 57.15). Não oramos
em nosso nome, mas no nome de Jesus, baseados em Sua mediação e méritos (JO 14.13). Nada
mais poderoso contra o orgulho e a soberba do que dizer a outro que você não é capaz! E o
Senhor Jesus nos disse “sem mim vocês não podem fazer nada” (JO 15.5).
Fonte: Bíblia Diz.
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