Como tudo começou – parte 1
Escrito por Daniel Bento
Pastor batista e psicanalista clínico
Imagino que você, como a maioria
das pessoas, já tenha questionado como foi que tudo começou. Se fizer uma
pesquisa, encontrará várias teorias que tentam explicar a origem de todas as
coisas. Mas a Bíblia também tem algo a dizer a respeito, e por ter sido
inspirada por Deus, ela é a própria palavra de Deus.
Uma vez que eu creio que
Deus existe desde sempre, ou seja, ele é eterno, de eternidade a eternidade,
isto significa ele é um ser que não foi criado, é autoexistente. Assim, por ser
eterno, este Deus foi quem criou todas as coisas.
A Bíblia tem como o seu primeiro
livro, o livro de Gênesis. Este nome em português significa “origens” e isso é
bem interessante e conveniente, uma vez que este livro trata das origens de
todas as coisas. E não só de toda a criação, mas também a origem do povo
hebreu, das alianças de Deus para com Israel, que vão culminar na pessoa de
Cristo Jesus, na aliança com a humanidade. João 3.16 diz que “Deus amou o mundo
de tal maneira, que deu o seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê
não pereça, mas tenha a vida eterna”. Essa é a aliança de Deus com a
humanidade.
Quando olhamos para o livro de
Gênesis em seu texto original, hebraico, o título é “bereshit”. Essa é a
primeira expressão do livro de Gênesis e era comum, na cultura hebraica, usar a
primeira expressão como título do livro. Então, quando olhamos para o primeiro
versículo deste livro, o texto original diz: “Bereshit bará elohim et
hashamayim ve’et ha’aretz”, cuja tradução é: “No princípio criou Deus os
céus e a terra”.
A expressão original “bereshit”
traz a ideia de “no princípio gerador de todas as coisas”. Essa é uma expressão
que nos dá conta que ali começam todas as coisas. As coisas que hoje existem
não existiam até aquele momento em que Deus decidiu criá-las. Essa expressão,
“no princípio gerador de todas as coisas”, ganha a sua confirmação com a
expressão seguinte “bara elohim” em que “bara” significa “criar”
e “elohim” é o nome de Deus, que está no plural, chamado de plural
majestático.
Mais adiante na revelação da própria Bíblia que é uma revelação
progressiva, Deus foi se revelando na Bíblia, ou através dela, de tal forma que
hoje, de Gênesis a Apocalipse nós temos uma revelação suficiente de Deus para
que possamos conhecê-lo minimamente, encontrarmos a salvação em Cristo Jesus e
vivermos uma vida plena na presença de Deus. Quando digo “revelação suficiente”,
é porque a revelação bíblica não é exaustiva, isto é, plena, completa; a Bíblia
não é a revelação total de Deus porque esse Deus é infinito, magnífico e não
poderia ser contido num livro como a Bíblia porque seria pequeno demais diante
da grandiosidade de Deus.
Apesar de a Bíblia ser um livro
tremendo, maravilhoso, uma fonte inesgotável para nós, ela não revela tudo de
Deus. Aliás, quando o Senhor Jesus fala com os seus discípulos e conceitua a
vida eterna, diz: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus
verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (João 17.3) Então, quando ele
diz que a vida eterna é esta, ele está nos sinalizando entre outras coisas que,
para conhecermos a Deus, precisaremos de uma eternidade inteira.
As pessoas que
vierem a crer em Jesus, as que hoje creem em Jesus e as que no passado creram
nele, irão para a eternidade para conhecer a Deus durante todo o tempo em que
estiverem ali, ou seja, daqui a 450 trilhões de anos, estaremos nos
surpreendendo com este Deus que é infinito.
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