quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Como tudo começou – parte 1

 


Como tudo começou – parte 1

Escrito por Daniel Bento

Pastor batista e psicanalista clínico

Pós-graduando em Aconselhamento 

    Imagino que você, como a maioria das pessoas, já tenha questionado como foi que tudo começou. Se fizer uma pesquisa, encontrará várias teorias que tentam explicar a origem de todas as coisas. Mas a Bíblia também tem algo a dizer a respeito, e por ter sido inspirada por Deus, ela é a própria palavra de Deus.
   Uma vez que eu creio que Deus existe desde sempre, ou seja, ele é eterno, de eternidade a eternidade, isto significa ele é um ser que não foi criado, é autoexistente. Assim, por ser eterno, este Deus foi quem criou todas as coisas.

    A Bíblia tem como o seu primeiro livro, o livro de Gênesis. Este nome em português significa “origens” e isso é bem interessante e conveniente, uma vez que este livro trata das origens de todas as coisas. E não só de toda a criação, mas também a origem do povo hebreu, das alianças de Deus para com Israel, que vão culminar na pessoa de Cristo Jesus, na aliança com a humanidade. João 3.16 diz que “Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Essa é a aliança de Deus com a humanidade.

    Quando olhamos para o livro de Gênesis em seu texto original, hebraico, o título é “bereshit”. Essa é a primeira expressão do livro de Gênesis e era comum, na cultura hebraica, usar a primeira expressão como título do livro. Então, quando olhamos para o primeiro versículo deste livro, o texto original diz: “Bereshit bará elohim et hashamayim ve’et ha’aretz”, cuja tradução é: “No princípio criou Deus os céus e a terra”.

    A expressão original “bereshit” traz a ideia de “no princípio gerador de todas as coisas”. Essa é uma expressão que nos dá conta que ali começam todas as coisas. As coisas que hoje existem não existiam até aquele momento em que Deus decidiu criá-las. Essa expressão, “no princípio gerador de todas as coisas”, ganha a sua confirmação com a expressão seguinte “bara elohim” em que “bara” significa “criar” e “elohim” é o nome de Deus, que está no plural, chamado de plural majestático.
    Mais adiante na revelação da própria Bíblia que é uma revelação progressiva, Deus foi se revelando na Bíblia, ou através dela, de tal forma que hoje, de Gênesis a Apocalipse nós temos uma revelação suficiente de Deus para que possamos conhecê-lo minimamente, encontrarmos a salvação em Cristo Jesus e vivermos uma vida plena na presença de Deus. Quando digo “revelação suficiente”, é porque a revelação bíblica não é exaustiva, isto é, plena, completa; a Bíblia não é a revelação total de Deus porque esse Deus é infinito, magnífico e não poderia ser contido num livro como a Bíblia porque seria pequeno demais diante da grandiosidade de Deus.

    Apesar de a Bíblia ser um livro tremendo, maravilhoso, uma fonte inesgotável para nós, ela não revela tudo de Deus. Aliás, quando o Senhor Jesus fala com os seus discípulos e conceitua a vida eterna, diz: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (João 17.3) Então, quando ele diz que a vida eterna é esta, ele está nos sinalizando entre outras coisas que, para conhecermos a Deus, precisaremos de uma eternidade inteira.
    As pessoas que vierem a crer em Jesus, as que hoje creem em Jesus e as que no passado creram nele, irão para a eternidade para conhecer a Deus durante todo o tempo em que estiverem ali, ou seja, daqui a 450 trilhões de anos, estaremos nos surpreendendo com este Deus que é infinito.


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