terça-feira, 26 de março de 2024

O lugar do pet na família

 

O lugar do pet na família

Escrito por Noemi Altoé Silva

    Em casa, gostamos muito de animais. Desde que me conheço por gente, sempre tivemos gatos em minha família de origem. No passado, a relação com os bichanos era diferente, porque eles ficavam fora de casa, comiam restos de comida e eram vistos como úteis para proteger a casa de roedores. Digamos que a relação com eles era bem mais utilitarista e menos afetiva. Antes de nos casarmos, meu marido e eu já tínhamos adotado uma cachorrinha e a partir daí, a nossa história com pets foi só aumentando. Entre cães e gatos, teve a Pituca, a Milka, o Chester, o Leo, a Joy, o Grigio, a Katrina, o Tim, sem falar dos passarinhos, tartarugas, peixes e hamster. Daria um minizoológico!...

    Quando adotamos bichinhos de estimação, eles realmente se tornam importantes e passam a fazer parte de nossa história. São muitos os momentos divertidos, engraçados e carinhosos com eles, mas também alguns muito irritantes e de tirar a gente do sério, tipo quando o nosso gato trazia “presentes” e entregava debaixo da nossa cama os restos mortais de um passarinho ensanguentado embrulhado em muitas penas.

    Nesta tensão entre amor e ódio, alegrias e tristezas (como quando o animal fica doente e morre), é sempre bom refletir sobre o papel do pet em nossa vida hoje. É possível observar alguns extremos perigosos nessa relação com os animais de estimação. Tem muitos bichinhos sendo maltratados, negligenciados e abandonados. Porém, a Bíblia ensina que “o justo cuida bem dos seus animais” (Pv 12.10a). Logo, se você é filho de Deus e adotou um pet, cuide bem dele. Mas também tem o outro extremo, quase doentio eu diria, de tratar os pets como “filhinhos”. Há um grande perigo em dar a um animal o status de ser humano porque isso ofende a Deus e inverte a ordem da criação: as pessoas são mais importantes do que os animais. Não podemos dedicar mais tempo, atenção, recursos e energia a um animal do que a Deus e a outras pessoas ou estaremos cometendo idolatria e pecando contra Deus.

    Por fim, é preciso dizer que ter um animalzinho é muito saudável, especialmente quando temos filhos pequenos. Além de ensinar as crianças a ter responsabilidades no cuidado com o pet em tarefas como dar ração, trocar água, escovar o pelo, acompanhar ao veterinário e outras, o contato com o animal gera uma conexão que alivia o estresse e ajuda as crianças e os adolescentes a lidar com as pressões típicas dessas fases da vida. Assim, se o pet ocupar o lugar certo de animal de estimação na família, essa relação tem tudo para dar certo e trazer benefícios a todos.


Noemi Altoé Silva
Casada há 27 anos com Daniel e mãe de três filhos (Jônatas, Timóteo e Benjamim); formada em Letras pela Unicamp e apaixonada por ler e escrever.


👉 Acesse Livraria Cristã Emmerick.

Nenhum comentário:

Postar um comentário