Prevenção e combate ao medo
Escrito por Daniel Bento
É importante seguir algumas
orientações para combater o medo, evitando que avance para quadros mais graves.
Como já foi dito, se o medo não for controlado, tratado e combatido pode
avançar para uma fobia e a fobia para a síndrome de pânico.
1 Identificar o que causa
medo.
Identificar as coisas que acometem, aquilo que causa algum tipo de
medo. Fazer uma lista, anotar no papel, todas as coisas que a pessoa tem medo.
Fazer isso sozinha, num local tranquilo, e depois, se for possível, perguntar
para uma pessoa muito próxima com quem ela convive: “Você identifica em mim
algum medo que eu tenha?” Essa ajuda é importante porque quem está nos
acompanhando de perto, o cônjuge, o pai ou a mãe, um amigo próximo, pode ter
uma informação importante, a partir da observação pela convivência.
2 Identificar quanto tempo a
pessoa passa preocupada com aquele tipo de medo.
Analisar e tentar
identificar como tem sido a estrutura do pensamento da pessoa quando
sente medo. Uma pessoa que tem medo, no sintoma que está presente tanto no
medo, como na fobia ou no pânico, que é a ansiedade e que envolve esses
episódios, a pessoa costuma alimentar na mente uma série de possíveis eventos.
Provavelmente são eventos que nunca vão acontecer, mas a pessoa começa a fazer
um desdobramento daqueles eventos em sua mente e passa grande parte do tempo
pensando nessas coisas.
Por exemplo, a pessoa acorda pela
manhã, preocupada com um compromisso que tem, uma reunião de trabalho. Ela é
empresária ou autônoma e vai propor um negócio para uma empresa ou pessoa. Ela
já acorda pensando que não vai dar certo. Esse pensar que não vai dar certo não
brotou por si só. Na verdade, é o resultado de um pensamento do tipo: “Eu vou
ter que ir lá conversar com essa pessoa, mas ela já deve ter recebido propostas
melhores de outras empresas que oferecem o mesmo serviço ou produto, são
pessoas mais capacitadas, eu não estudei tanto para isso, estou começando
agora, não tenho experiência; é provável que a outra empresa tenha sido
indicada por uma pessoa de confiança, então, além de despreparado, de estar
numa condição inferior, não fui indicado por ninguém. Chegando lá vou ficar
nervoso, vou suar, vou gaguejar, vai ser uma experiência difícil.” No fim das
contas, a pessoa sai para a reunião com a certeza de que não dará certo. Isso é
muito comum no pensamento ansioso.
3 Procurar pessoas que possam
orientá-la a lidar com isso ou pelo menos acompanhar.
É importante, ainda
que não tenha uma pessoa especializada como um terapeuta, um conselheiro, um
profissional para acompanhá-la, pelo menos ter um amigo ou amiga com quem possa
falar, para verbalizar seus medos. Após verbalizar, a caminhada se torna mais
tranquila, mesmo que o outro não apresente respostas ou soluções, a pessoa se
sentirá mais segura porque ela agora se associa ao outro que a ouviu. Lembre-se
que o medo, a fobia, o pânico isolam a pessoa e ela tem que romper esse
isolamento.
4 Mas o mais importante para
vencer o medo é ter uma experiência com Deus.
Buscar a Deus nestes momentos
de medo, pedindo que o ajude a vencer o medo, a fobia e todas essas angústias
que podem se transformar num pânico. Ao aproximar-se de Jesus a pessoa vai
contar com o poder sobrenatural do Deus Criador e sustentador de todas as
coisas.
Quando a pessoa está no pânico e
apresenta sintomas psicossomáticos (sudorese, tremor, paralisia, dificuldade
para respirar, arritmia), é importante entender que eles são apenas sintomas de
angústia, o corpo está reagindo ao medo. Neste momento, recomenda-se procurar
um lugar calmo onde a pessoa possa fazer um relaxamento; se não for possível
deitar, pelo menos sentar-se, fechar os olhos, respirar lenta e profundamente
pelo nariz, soltando o ar pela boca. Usar a técnica 7-4-8, em que a pessoa
inspira pelo nariz em sete segundos, segura a respiração por quatro segundos e
solta o ar pela boca em oito segundos. Enquanto relaxa e respira, certificar-se
de que tudo é coisa da cabeça e associar a pensamentos agradáveis. Uma sugestão
é citar textos bíblicos. Por exemplo, a pessoa pode dizer enquanto respira: “O
Senhor é o meu pastor, nada me faltará. O Senhor é a minha rocha, a minha
fortaleza e o meu escudo, ele me protegerá. Nenhuma situação que eu enfrento é
maior do que eu possa suportar. O Senhor me dará um meio de escape, o Senhor é
fiel, ele cuida de mim.” Vai associando esses pensamentos para poder sair da
crise psicossomática.
Pr. Daniel Bento
Pastor
batista e psicanalista clínico
Pós-graduado em
Aconselhamento
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