O Deus Pródigo, de Timothy Keller
Confesso que a primeira coisa que me chamou a atenção neste livro foi o título: O Deus Pródigo. Todos conhecemos muito bem a expressão “o filho pródigo”, mas “o Deus pródigo”?
A proposta deste
renomado e consagrado escritor, Timothy Keller, é abordar a famosa parábola do
filho pródigo, mas em vez de falar apenas do filho mais novo, que costuma ser a
ênfase na maioria das pregações e livros sobre essa passagem, o autor se
concentra nos dois filhos.
Na verdade, sua tese é que não só
o mais novo (que foi embora de casa, foi ingrato, buscou os prazeres, gastou
toda sua herança e desprezou o pai) necessita de salvação; o mais velho também.
Mesmo estando em casa, fazendo tudo certo, servindo o pai e se dedicando com
afinco, seu coração também estava longe do pai. Segundo Keller, Jesus estava
mostrando que ambos, o religioso e o libertino, necessitam igualmente da graça
e da misericórdia de Deus.
Ao contrário do que muitos
pensam, o filho pródigo não é o que retorna à casa, mas sim o esbanjador, o que
gasta tudo. Ao usar esse adjetivo para descrever a imensidão da graça e amor de
Deus, o autor enfatiza a generosidade do Pai que esbanja, derrama
abundantemente a sua graça e misericórdia a todos que estão perdidos, quer se
identifiquem com o filho mais velho, quer se identifiquem com o mais novo.
É uma leitura breve, 105 páginas,
mas uma mensagem muito inspiradora e pertinente, pois atinge pessoas que,
independente de rótulos ou status que ocupam, necessitam de salvação e
aceitação desse Pai que é tão pródigo em amar e perdoar.
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