Você aceita ser coadjuvante?
Escrito por Noemi Altoé Silva
Se alguém fizesse um convite ou uma proposta hoje, oferecendo uma
vida simples e comum, sem glamour ou grandes realizações, mas plena e
significativa, quantas pessoas aceitariam?
Temo que poucas pessoas, se é que
alguém sequer daria atenção a uma oferta como essa. Ninguém quer ser comum;
todos querem ser especiais. Ter sucesso e estar em destaque é uma obsessão no
mundo de hoje, vide como tem gente que fica depressiva até se recebe poucos
likes na última postagem feita nas redes sociais.
Tanto esforço, tempo,
energia e recursos são gastos para atingir esse tal sucesso, mas será que vale
a pena? A quem estamos querendo impressionar? Por que muitos sentem a
necessidade de reconhecimento das pessoas e se sentem fracassados se não
atingem o padrão estabelecido como sucesso pela sociedade?
Essa “pressão” para ser bem
sucedido e acertar sempre nos acompanha desde que nascemos; é muito forte e
praticamente define as escolhas na vida. Mas o que estamos de fato buscando?
Como alcançar esse objetivo? Será que fomos todos chamados para ser Gideão ou
fomos levados a achar que ter um papel secundário, do tipo ator coadjuvante ou
até mesmo figurante, é vergonhoso? E os 300 que lutaram ao lado de Gideão (Jz
7)? Será que todas fomos chamadas para ser Dorcas, ou a maioria de nós somos as
viúvas que foram abençoadas por seu talento e habilidade na costura e
disposição para servir (At 9.36-42)?
Infelizmente somos levados a crer que a
verdadeira vida feliz é a da fama, do reconhecimento, do status, do palco, do
destaque. Estar em evidência pode ser uma maldição, pode afastar alguém de seu
verdadeiro propósito na vida, pode levar alguém a uma vida de arrogância,
hipocrisia e afastamento de Deus. Talvez, o que Deus tenha para mim e para
você, sejam os bastidores. No entanto, isso não significa que uma vida simples
não tenha valor ou significado.
Se formos sensíveis ao
chamado que Deus tem para nós e alcançarmos o mínimo de autoconhecimento
necessário para cumprir o nosso papel, ainda que não sejamos líderes, ainda que
não façamos nada extraordinário e grandioso, estaremos agradando o coração de
nosso Pai. Ainda que poucos (talvez a nossa família e amigos mais íntimos) nos
aplaudam nesta vida, o que importa mesmo, no final, é ouvir de Deus: “Muito
bem, meu filho, servo bom e fiel, você usou seus dons da melhor forma possível,
você me amou, você viveu cada dia para me glorificar, você buscou o que me traz
alegria e prazer, agora é hora de desfrutar da festa preparada para todos os
que fizeram o mesmo. Seja bem-vindo!”.
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