segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Você aceita ser coadjuvante?

 


Você aceita ser coadjuvante?

Escrito por Noemi Altoé Silva


 Se alguém fizesse um convite ou uma proposta hoje, oferecendo uma vida simples e comum, sem glamour ou grandes realizações, mas plena e significativa, quantas pessoas aceitariam?
 Temo que poucas pessoas, se é que alguém sequer daria atenção a uma oferta como essa. Ninguém quer ser comum; todos querem ser especiais. Ter sucesso e estar em destaque é uma obsessão no mundo de hoje, vide como tem gente que fica depressiva até se recebe poucos likes na última postagem feita nas redes sociais.

 Tanto esforço, tempo, energia e recursos são gastos para atingir esse tal sucesso, mas será que vale a pena? A quem estamos querendo impressionar? Por que muitos sentem a necessidade de reconhecimento das pessoas e se sentem fracassados se não atingem o padrão estabelecido como sucesso pela sociedade?

 Essa “pressão” para ser bem sucedido e acertar sempre nos acompanha desde que nascemos; é muito forte e praticamente define as escolhas na vida. Mas o que estamos de fato buscando? Como alcançar esse objetivo? Será que fomos todos chamados para ser Gideão ou fomos levados a achar que ter um papel secundário, do tipo ator coadjuvante ou até mesmo figurante, é vergonhoso? E os 300 que lutaram ao lado de Gideão (Jz 7)? Será que todas fomos chamadas para ser Dorcas, ou a maioria de nós somos as viúvas que foram abençoadas por seu talento e habilidade na costura e disposição para servir (At 9.36-42)?
 Infelizmente somos levados a crer que a verdadeira vida feliz é a da fama, do reconhecimento, do status, do palco, do destaque. Estar em evidência pode ser uma maldição, pode afastar alguém de seu verdadeiro propósito na vida, pode levar alguém a uma vida de arrogância, hipocrisia e afastamento de Deus. Talvez, o que Deus tenha para mim e para você, sejam os bastidores. No entanto, isso não significa que uma vida simples não tenha valor ou significado.

 Se formos sensíveis ao chamado que Deus tem para nós e alcançarmos o mínimo de autoconhecimento necessário para cumprir o nosso papel, ainda que não sejamos líderes, ainda que não façamos nada extraordinário e grandioso, estaremos agradando o coração de nosso Pai. Ainda que poucos (talvez a nossa família e amigos mais íntimos) nos aplaudam nesta vida, o que importa mesmo, no final, é ouvir de Deus: “Muito bem, meu filho, servo bom e fiel, você usou seus dons da melhor forma possível, você me amou, você viveu cada dia para me glorificar, você buscou o que me traz alegria e prazer, agora é hora de desfrutar da festa preparada para todos os que fizeram o mesmo. Seja bem-vindo!”.


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