Presente de Natal
Escrito por Noemi Altoé Silva
Quem não gosta de ganhar presente? Especialmente as crianças, nesta época do ano, ficam agitadas e muito animadas esperando o tão sonhado presente. Lembro-me da minha infância quando ainda não havia internet e as lojas distribuíam folhetos com a publicidade dos brinquedos, e a turminha se reunia para “escolher” o que queria de Natal. Nem sempre a realidade correspondia ao sonho, mas já era bastante divertido imaginar. Hoje, muitas crianças fazem fila nos shoppings para entregar a lista de pedidos ao papai Noel. Em casa, os nossos filhos sempre souberam que era o papai Niel (meu esposo se chama Daniel), que providenciava os presentes(!…), mas seja como for, todos esperam ansiosos o dia da troca de presentes.
Quando
finalmente chega esse dia, os mais afoitos e ansiosos rasgam o embrulho para
ver logo o que ganharam; outros curtem o momento, sentem o cheiro do papel,
admiram o laço, a embalagem e apreciam cada detalhe. Essa prática de trocar
presentes no Natal é bastante antiga, na verdade, e teve origem nos presentes
que os magos do Oriente dedicaram ao menino Jesus: “Ao entrarem na casa, viram
o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram. Então abriram os
seus tesouros e lhe deram presentes: ouro, incenso e mirra” (Mt 2.11).
O
ato de presentear alguém traz em si vários significados. O primeiro é a gratidão,
pois quando presenteamos alguém, reconhecemos que aquela pessoa é importante em
nossa vida e somos gratos pela vida dela. Além da gratidão, há também a
sensibilidade de voltar o olhar para o outro e promover o bem-estar e a alegria
de pessoas queridas de nosso círculo. Dinheiro nenhum neste mundo paga a
alegria de ver os olhos de um filho brilhando porque ganhou o presente que
pediu no Natal. Mas há ainda o sentido da solidariedade, da empatia e da
compaixão, quando presenteamos pessoas necessitadas que sequer conhecemos e
experimentamos aquilo que o próprio Senhor Jesus disse: “há maior felicidade em
dar do que em receber” (At 20.35).
Deus
teve o cuidado de suprir a família terrena de Jesus com os presentes valiosos
dados pelos magos (ouro, incenso e mirra), que serviram como sustento e
supriram as suas necessidades provavelmente pelo período em que se refugiaram
no Egito, fugindo do rei Herodes. Assim também, Deus além de nos presentear com
o seu melhor, o seu próprio Filho amado, cuida de nós, suprindo as nossas
necessidades e nos dá o privilégio de como filhos seus, demonstrar a nossa
generosidade, abençoando as pessoas por meio de presentes, ainda que singelos.
Que neste Natal, a troca de presentes não seja apenas uma prática egoísta e
comercial, mas nos torne ainda mais parecidos com o nosso Pai, que é tão
generoso e cuida de nós.
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