terça-feira, 9 de abril de 2024

A identidade sexual na infância

 


A identidade sexual na infância

    Temos acompanhado com tristeza ideologias que trazem prejuízos à família serem difundidas amplamente na mídia e nas escolas. Isso tem gerado grande confusão na identidade sexual da criança e do pré-adolescente. Por isso, é necessário refletir e entender o que é a verdade sobre este tema para orientar e proteger nossos filhos.

    Hoje em dia vemos um grande movimento querendo convencer as pessoas de que as crianças, antes da adolescência, têm a possibilidade de fazer uma opção sexual, de como vai se desenvolver a sua sexualidade, como se realmente não fosse a própria biologia que definisse isso. Estamos vivendo este grande perigo, porque as crianças, antes da adolescência, têm muita dificuldade de decidir até questões pequenas e simples, quanto mais questões tão sérias e graves que afetam toda a sua vida e que a propósito da sexualidade, não se trata de escolha, mas sim de aceitação. O que anteriormente se tratava do processo natural de descoberta da sexualidade e aceitação de sua identidade sexual, desvirtuou-se no movimento que estimula as crianças a uma erotização precoce e as leva a fazer uma opção contrária à natureza.

    Biologicamente a criança nasce com a genitália masculina ou feminina, além das diferenças hormonais e cerebrais que configuram o corpo do homem e da mulher. Então, a consequência de tantas ideologias e movimentos que estão tentando incutir a possibilidade da escolha do sexo é uma confusão e desajuste na mente e nas emoções das crianças que são expostas a esse tipo de conteúdo que desinforma e deforma. O que acontece do nascimento até a fase da pré-adolescência, no período chamado de latência, é que a criança, tanto o menino como a menina observam os parâmetros masculino e feminino apresentados na família - cada um, dentro da sua realidade. No processo de formação de sua própria psiquê, a menina terá um olhar mais voltado para observar a mãe e, no futuro, vai buscar alguém que lhe corresponda, a partir da observação dos parâmetros masculinos que o seu pai apresentou. Nessa mesma dinâmica, o menino observa o pai para sua identidade masculina e a mãe, para a busca futura da parceira. Isso já está programado na cabeça da criança e nessa fase ela não tem que decidir nada porque ela está estruturando as coisas.

    É no momento da latência que esses padrões e parâmetros vão se assentar na psiquê da criança e ela vai reorganizar tudo isso. Algo interessante acontece nesse processo porque durante a latência, que se dá entre os seis e dez anos de idade, muitos pais acham que todas as crises, tudo aquilo de difícil já teria passado. Os pais dizem: “Que bom que deu tudo certo”, mas quando a criança sai da latência, a primeira pergunta que os pais fazem é: “Onde foi que eu errei?”. Essa frustração e questionamento dos pais se dá devido às crises que acontecem em função das descargas de hormônio que as crianças vão experimentar justamente por conta da entrada na puberdade. Nesse momento, a criança vai se desenvolver da seguinte forma: a menina, que antes só se relacionava com meninas (clube do Bolinha e da Luluzinha, como se diz no popular), agora passa a olhar para o sexo oposto com interesse, e o menino da mesma forma. Esse é o desenvolvimento natural, qualquer coisa fora disso é artificial, antinatural. Portanto, lidar com as dúvidas e crises dessa fase oferecendo à criança a possibilidade de mudança de sexo, por exemplo, é nociva. Trata-se de um momento crítico e conturbado em que a criança precisa ser preservada da tomada de decisões e deve ser orientada pelos pais, para que se identifique com os parâmetros masculino e feminino, de acordo com sua biologia, e assim o desenvolvimento de sua sexualidade seja saudável e natural.




Pr. Daniel Bento
Pastor batista e psicanalista clínico
Pós-graduado em Aconselhamento

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