segunda-feira, 27 de junho de 2022

Glorificando a Deus na VIDA e na MORTE


Glorificando a  Deus na VIDA e na MORTE

Escrito por Noemi Altoé Silva


 

 Hoje, enquanto eu e o Daniel fazíamos juntos nosso devocional matinal e líamos Atos 7, dois personagens se destacaram para mim: José e Estêvão. Foram ambos servos de Deus, pessoas especiais, usadas para um propósito maravilhoso.

 José foi instrumento de Deus para preservar a vida das pessoas de sua época, durante a grande fome que assolou a terra. Indiretamente, ele foi usado para que a linhagem de Jesus fosse mantida, porque se seu irmão Judá morresse de fome, como surgiria o “Leão da tribo de Judá”? Estêvão, por sua vez, era um homem “cheio da graça e do poder de Deus” (At 6.8), que dava bom testemunho, era cheio do Espírito e de sabedoria (At 6.3) e realizava grandes maravilhas e sinais entre o povo. Serviu como diácono na igreja primitiva em Jerusalém, atendendo às necessidades das viúvas helenistas que estavam sendo negligenciadas na distribuição diária de alimentos (At 6.1).

 Esses dois homens viveram em épocas muito distantes e distintas, mas honraram a Deus com suas vidas. O primeiro, vendido como escravo por seus irmãos, que por inveja o odiavam, acabou se tornando o segundo no Egito, abaixo somente do Faraó, e apesar de todo o sofrimento que enfrentou, experimentou não só a presença do Senhor (“mas Deus estava com ele”), como seu livramento e grande vitória da parte de Deus que “o libertou de todas as suas tribulações, dando a José favor e sabedoria diante do faraó, rei do Egito” (At 7.10).

 O segundo, Estêvão, serviu à igreja primitiva de forma irrepreensível, porém foi odiado e morto de forma violenta e humilhante, tendo sido apedrejado pelos religiosos de sua geração, que rejeitaram Jesus e perseguiram seus seguidores. José foi exaltado e ocupou posição de destaque; Estêvão foi humilhado e martirizado. Ambos glorificaram a Deus na vida e na morte.

Você já parou para pensar por que duas pessoas que servem fielmente a Deus têm fins tão distintos? Uma vive até os 92 anos com saúde e vigor, ainda que com os sofrimentos comuns a uma vida longeva, e outra morre de câncer aos 39, deixando os filhos pequenos. É no mínimo difícil entender os caminhos de Deus. Apesar de não entender, devemos confiar que Ele é grande e soberano, por isso, só nos resta nos humilharmos diante dele e nos submetermos à sua vontade.
 Ele escolhe alguns para ascender a posições de destaque, outros para serem odiados, torturados e mortos; alguns para viver por muito tempo, outros para morrer cedo. Seja na vida, seja na morte, a vida do crente é para glorificar o Senhor. Temos valor como indivíduos, porém o Reino está muito acima de nós. É bom lembrar dessa verdade numa época em que o ser humano se acha tão importante e está tão concentrado em si mesmo.


“Se vivemos, vivemos para o Senhor; e, se morremos, morremos para o Senhor. Assim, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor.” (Romanos 14.8)

“Digo-lhes verdadeiramente que, se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, continuará ele só. Mas se morrer, dará muito fruto. Aquele que ama a sua vida, a perderá; ao passo que aquele que odeia a sua vida neste mundo, a conservará para a vida eterna.” (João 12.24,25)

“Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e inescrutáveis os seus caminhos! ‘Quem conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro?’  ‘Quem primeiro lhe deu, para que ele o recompense?’ Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém.” (Romanos 11.33-36)


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