sexta-feira, 17 de junho de 2022

Primeiras Impressões da Autobiografia de Madame Guyon


Primeiras Impressões da Autobiografia de Madame Guyon

Escrito por Noemi Altoé Silva

 Desde que meu livro chegou, não consigo parar de ler… A história dessa mulher que viveu numa época muito diferente da nossa, porém que conheceu o Senhor intimamente e o amou com devoção e intensidade, é fascinante. É maravilhoso ver como ela aprendeu através das tribulações e desenvolveu uma devoção genuína e sincera ao Senhor. Estou me referindo à autobiografia de Jeanne Marie Bouvier de La Motte (1648-1717), conhecida como Madame Guyon.

 Ainda estou na página 72 (de um livro de 406 páginas), mas como ela vai narrando os eventos de sua vida e mesclando com reflexões sobre seu relacionamento com Cristo, o texto é leve e fluente. Então, o fato de ser um livro grosso não deve assustar ninguém, principalmente quem não gosta muito de ler. 

 Enquanto leio, consigo visualizar os ambientes, as pessoas que ela descreve, as situações (algumas até bem bizarras, como quando ela interpretou o versículo de Cantares 8.6 (“Põe-me como selo sobre o teu coração”) literalmente e decidiu “escrever aquele sagrado e adorável nome, em letras grandes, no papel e, com laços e uma agulha, eu o preguei à pele em quatro lugares” (p. 46). Temos que considerar que, quando fez isso, ela era uma criança e na maior parte do tempo, os pais totalmente ausentes.

 Desde a infância, Jeanne sofreu muito com enfermidades e pelo fato da mãe preferir o irmão e deixá-la de lado, aos cuidados dos empregados. Mas cada dificuldade que passou serviu para quebrar seu orgulho e autossuficiência e trazê-la para os pés do Senhor.

 Até agora, posso destacar dois trechos do livro que já me ensinaram muito. O primeiro é quando ela começa a tomar consciência de sua pecaminosidade e percebe o quanto era orgulhosa. Identifiquei-me com ela, especialmente no trecho em que relaciona a ira ao orgulho. Quem não tem dificuldades com ira, descontrole e explosões de raiva, que atire a primeira pedra… Veja o que ela diz: “(…) a ira é filha do orgulho. Uma pessoa verdadeiramente humilhada não permite que nada lhe deixe com raiva. Assim como o orgulho é o último a morrer na alma, a paixão é a última a ser destruída na conduta externa. Uma alma totalmente morta para si mesma não encontra raiva alguma dentro dela” (p. 44).

 Outro trecho muito inspirador é quando Madame Guyon, ainda menina, já descobre a importância da oração para manter sua intimidade com Deus. Ela havia afrouxado essa disciplina e já começava a perceber que, por estar orando pouco, seu amor por Deus estava esfriando.
 “Ó, meu Deus, se todos soubessem o valor da oração, a grande vantagem obtida pela alma quando conversa contigo, e de que consequência é para sua salvação, iriam aplicar-se a ela. É uma fortaleza na qual o inimigo não pode entrar.” (p. 52). E acrescenta: “Esqueci-me da fonte de água viva quando abandonei a oração. Tornei-me como uma vinha exposta à pilhagem, com cercas vivas destruídas para que, com toda a liberdade, os que passassem por ela a destruíssem” (p.54).

 Se parasse a leitura por aqui (algo impensável!), essa mulher do passado já teria influenciado minha vida. Mas quero continuar na companhia dela pelas próximas 334 páginas. Além de viajar no tempo e conhecer um pouco como era a vida de nossos irmãos dos séculos XVII-XVIII, a leitura dessa autobiografia é equivalente a fazer uma imersão em espiritualidade e um verdadeiro despertamento para com as disciplinas cristãs.


👉 Acesse Livraria Cristã Emmerick.

🙋 Eu quero o livro Autobiografia de Madame Guyon.

Nenhum comentário:

Postar um comentário