quinta-feira, 9 de junho de 2022

Quando Deus fica na periferia da vida.


Quando Deus fica na periferia da vida

Escrito por Noemi Altoé Silva

Os israelitas acamparão ao redor da Tenda do Encontro” (Números 2.2a)
 
 Após ser liberto da escravidão no Egito, o povo de Israel peregrinou por 40 anos no deserto, até chegar à terra prometida. Durante esse período, por meio de Moisés, Deus lhes deu instruções claras sobre como eles deveriam viver. Além dos 10 mandamentos, havia muitas leis e rituais que os israelitas deviam obedecer para serem felizes e bem-sucedidos. Uma delas dizia respeito à formação do acampamento, tendo o Tabernáculo (ou Tenda do Encontro) no centro.

 Sabemos que é impossível ao homem cumprir todas as leis do Senhor sem jamais falhar e que elas refletem o caráter perfeito de Deus. Sabemos também que a lei de Deus aponta para Cristo como o único capaz de nos salvar do castigo do pecado e de nós mesmos. Não devemos voltar às práticas da lei do Antigo Testamento tentando com isso ser salvos, como já nos ensinou o apóstolo Paulo, do contrário, estaremos tornando nulo o sacrifício de Cristo (Gl 2.16-21). 
No entanto, podemos aprender muito com a história do povo de Israel e colocar Deus no centro de nossa vida é uma aplicação correta que podemos extrair dessa passagem. O acampamento de Israel era distribuído de forma organizada, estratégica e estética ao redor do Tabernáculo: três tribos em cada ponto cardeal. Ao norte, Dã, Aser e Naftali; ao sul, Rúben, Simeão e Gade; a leste, Judá, Issacar e Zebulom e a oeste, Efraim, Manassés e Benjamim, totalizando as doze tribos (Nm 2). Deus estava ensinando ao povo que ele deveria ser o centro de suas vidas. Sua presença era o mais importante e tudo no acampamento literalmente girava em torno do Senhor.

 Ao longo da história da humanidade, esse espaço que pertence a Deus vem sendo ocupado por outras coisas. Apesar de nossas cidades ainda terem uma igreja como ponto central, há muito Deus tem sido empurrado para a periferia de nossa sociedade. Todos declaram crer em Deus, mas vivem como se ele não existisse. Muitos se dizem cristãos, mas não vivem os valores de piedade, simplicidade, humildade e serviço que Jesus ensinou. Em vez disso, buscam o materialismo, são egoístas, carnais, sensuais, profanos, orgulhosos, desobedientes aos pais, “mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus” (2 Tm 3.4).

 É triste ver que Deus tem sido sistematicamente banido, expulso, enxotado da vida em sociedade. Que jamais caiamos nesse erro e nos arrependamos hoje, devolvendo ao Senhor o lugar que lhe pertence por direito. Que ele domine, a partir do centro, todas as áreas de nossa vida, individual e coletivamente.

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