Quando Deus fica na periferia da vida
Escrito por Noemi Altoé Silva
“Os israelitas acamparão ao redor da Tenda do Encontro”
(Números 2.2a)
Após ser liberto da escravidão no Egito, o povo de Israel peregrinou por 40 anos no deserto, até chegar à terra prometida. Durante esse período, por meio de Moisés, Deus lhes deu instruções claras sobre como eles deveriam viver. Além dos 10 mandamentos, havia muitas leis e rituais que os israelitas deviam obedecer para serem felizes e bem-sucedidos. Uma delas dizia respeito à formação do acampamento, tendo o Tabernáculo (ou Tenda do Encontro) no centro.
Sabemos que é impossível ao homem cumprir todas as leis do Senhor sem jamais falhar e que elas refletem o caráter perfeito de Deus. Sabemos também que a lei de Deus aponta para Cristo como o único capaz de nos salvar do castigo do pecado e de nós mesmos. Não devemos voltar às práticas da lei do Antigo Testamento tentando com isso ser salvos, como já nos ensinou o apóstolo Paulo, do contrário, estaremos tornando nulo o sacrifício de Cristo (Gl 2.16-21). No entanto, podemos aprender muito com a história do povo de Israel e colocar Deus no centro de nossa vida é uma aplicação correta que podemos extrair dessa passagem. O acampamento de Israel era distribuído de forma organizada, estratégica e estética ao redor do Tabernáculo: três tribos em cada ponto cardeal. Ao norte, Dã, Aser e Naftali; ao sul, Rúben, Simeão e Gade; a leste, Judá, Issacar e Zebulom e a oeste, Efraim, Manassés e Benjamim, totalizando as doze tribos (Nm 2). Deus estava ensinando ao povo que ele deveria ser o centro de suas vidas. Sua presença era o mais importante e tudo no acampamento literalmente girava em torno do Senhor.
Ao longo da história da
humanidade, esse espaço que pertence a Deus vem sendo ocupado por outras
coisas. Apesar de nossas cidades ainda terem uma igreja como ponto central, há
muito Deus tem sido empurrado para a periferia de nossa sociedade. Todos
declaram crer em Deus, mas vivem como se ele não existisse. Muitos se dizem
cristãos, mas não vivem os valores de piedade, simplicidade, humildade e
serviço que Jesus ensinou. Em vez disso, buscam o materialismo, são egoístas,
carnais, sensuais, profanos, orgulhosos, desobedientes aos pais, “mais amantes
dos prazeres do que amigos de Deus” (2 Tm 3.4).
É triste ver que Deus tem sido sistematicamente banido, expulso, enxotado da vida em sociedade. Que jamais caiamos nesse erro e nos arrependamos hoje, devolvendo ao Senhor o lugar que lhe pertence por direito. Que ele domine, a partir do centro, todas as áreas de nossa vida, individual e coletivamente.
É triste ver que Deus tem sido sistematicamente banido, expulso, enxotado da vida em sociedade. Que jamais caiamos nesse erro e nos arrependamos hoje, devolvendo ao Senhor o lugar que lhe pertence por direito. Que ele domine, a partir do centro, todas as áreas de nossa vida, individual e coletivamente.
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