sexta-feira, 23 de setembro de 2022

A importância do “não” na formação da personalidade


A importância do “não” na formação da personalidade

Escrito por Daniel Bento

Pastor batista e Psicanalista clínico

Pós-graduando em Aconselhamento


 Quais são os componentes que formam a nossa personalidade? Há três esferas que compõem a nossa personalidade: o id, o ego e o superego. Quero tratar deste tema de uma forma simples, rápida e objetiva, sem me preocupar com a terminologia técnica da psicanálise, não subestimando a sua inteligência ou capacidade de entender, mas apenas para explicar de maneira fácil e prática, a fim de tornar conceitos bastante elaborados e complexos, em algo simples e claro que se aplique à nossa vida.

 Tente imaginar esses três conceitos numa única estrutura, tendo o id e o superego em cada extremidade e o ego no meio. Ego é quem nós somos e literalmente significa “eu”, então representa quem você é. Mas você é o resultado do conflito que acontece entre o id e o superego. O id é aquilo com que já nascemos em nosso inconsciente, isto é, os nossos instintos primitivos e impulsos de vida. Por exemplo, quando um bebê está com fome ou sujo, ele “berra” para conseguir que lhe atendam proporcionando-lhe o conforto do alimento ou da higiene.
 Por meio de seus instintos primitivos (nesse caso, o choro), ele busca alcançar o prazer, aquilo que lhe faz bem e beneficia.

 Uma pessoa que cresça sem nenhuma repressão desse id se torna um adulto insuportável porque é praticamente só instinto. Por isso, quando uma criança começa a berrar por birra ou fora de propósito, a mãe ou o pai costuma reprimi-la, dizendo para parar de chorar ou de gritar. A criança aprende por meio da repressão do id, que se traduz em estabelecer limites, regras e dizer não. Essa força contrária ao instinto é chamada de superego.

 Para esclarecer, tente imaginar a seguinte dinâmica: o id vem com os instintos, o superego vem com uma repressão saudável, sem exageros, que gera um ego equilibrado, capaz de manter seus impulsos de vida e assim viver bem, vencendo as dificuldades e intempéries da vida.

 A pessoa que tem o ego equilibrado entre o id (instinto) e o superego (repressão) será capaz de utilizar seus instintos primitivos sob controle, enfrentando os desafios da vida e também na forma de ações que exijam ousadia, tais como praticar esportes radicais ou desenvolver uma atividade empreendedora. Essa é a personalidade ideal, em que o ego é equilibrado porque os instintos da pessoa estão controlados. Entender a dinâmica entre o id, o ego e o superego nos ajuda a compreender melhor nossas atitudes e também a educar nossos filhos usando o “não” com sabedoria, para que se tornem pessoas saudáveis, equilibradas e bem sucedidas.

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