segunda-feira, 5 de setembro de 2022

E se a resposta for não?


E se a resposta for não?

Escrito por Noemi Altoé Silva

 Ensinar (e aprender) sobre oração pode ser uma tarefa bem difícil. Alguns professores da Bíblia costumam dizer que Deus tem sempre três respostas: SIM, NÃO e ESPERE (que em última análise é um SIM ou um NÃO adiado). Enfim, andei pensando nisso esses dias, especialmente por causa de um NÃO que recebi do Pai. Como crianças, nós às vezes não aceitamos o não, porque obviamente pedimos o sim, e ele não veio… mas tanto o sim quanto o não nos ensinam muito sobre o amor de Deus e nossa dependência do Pai.

 Primeiro, Deus é bom, sempre. Ele não muda e cuida dos seus. Também sabe tudo de que precisamos e nos supre todos os dias. Recebemos muitos sins todos os dias. Quando Jesus andou por aqui, ele disse sim a muita gente: cegos, paralíticos, endemoninhados, leprosos e até defuntos. Mas ele também disse vários nãos, ao longo da história bíblica: Moisés não entrou na terra prometida, mesmo tendo pedido ao Senhor (Dt 3.24-25); Jesus não foi até Betânia quando Lázaro estava doente (Jo 11.1-25); Paulo recebeu uma resposta negativa eufemística de Deus para o seu pedido (que se repetiu por três vezes): “a minha graça é suficiente para você”, isto é, não vou tirar esse seu espinho na carne, “pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Co 12.7-9). Aquele “não” de Deus para Paulo iria gerar muito fruto e bênção que se estende aos cristãos até hoje, pois nos ensina uma grande lição.

 Não sei quanto a você, mas muita gente tem ouvido “não” de Deus: não ser curado de uma doença grave, não ter um filho, não ver um filho rebelde voltando para Deus, não ter estabilidade financeira, não _____________________ (preencha a lacuna com os seus nãos).

 O não nos deixa inicialmente bravos, emburrados, frustrados. Depois, ficamos perplexos, sem entender, afinal, tínhamos certeza do sim! Aos poucos, porém, vamos percebendo (o que pode levar dias, semanas, meses ou anos, dependendo da nossa dureza e obstinação, para não dizer arrogância) que o Pai sabe o que é melhor para nós. Que aquele “não” foi, está sendo e será mais abençoado do que o sim.

 Ainda estou digerindo o último não do Pai, mas estou renovando em mim a confiança de que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28 - ARA).
 Se como eu, você está às voltas com algum não, acalme-se e confie que como um Pai amoroso, soberano e sábio, Deus vê o quadro maior, ele enxerga lá na frente e sabe que o não é a vontade boa, agradável e perfeita dele para nós hoje. 



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