Que tal desligar a TV e ler um livro?

Estou me mudando pela segunda vez em um ano. Uma experiência trabalhosa e difícil para qualquer pessoa, porém muito sofrida para alguém que detesta mudanças como eu. Mas estou aprendendo que Deus usa as mudanças para trabalhar em nossas vidas. 

Pode ser que você não esteja mudando de endereço como eu, mas talvez esteja prestes a se casar, vai aumentar a família ou ainda está mudando de emprego ou iniciando um pequeno negócio. Então, prepare-se para o período de grandes aprendizados e profundas experiências com Deus.

Uma das coisas que estou aprendendo durante essas mudanças é a desapegar. Infelizmente, tenho uma tendência a acumular coisas, sempre com aquela ideia: “Isso pode ser útil em algum momento”. E lá se vai aquele conjunto de pincéis e tintas acrílicas para a caixinha de artesanato que um dia pretendo retomar... Graças a Deus estou conseguindo jogar bastante coisa fora e doar muita coisa também. Já é um começo.

Tenho uma dificuldade, porém, com os nossos livros. Não consigo me desfazer da maioria deles porque fazem parte de nossa história. Sinto que são como um tesouro bem ao alcance de meus dedos e olhos. (Sim, eu gosto de ler no Kindle, mas ainda prefiro livros em papel, ao velho estilo.) Meu marido e eu acumulamos muitos ao longo de nossa vida (somando os de solteiro com mais 26 anos de casados, temos perto de mil livros). 

É uma bênção ter tantos livros, mas confesso que é difícil encaixotá-los. Fico feliz por ter doado algumas dezenas deles, abençoando outras pessoas com aqueles que já nos serviram de inspiração e instrução por muitos anos.

Esta semana, enquanto encaixotava parte desse maravilhoso acervo, me deparei com muitos títulos interessantes ainda não lidos (livros de autores como John Stott, John Piper, J.I. Packer, Russell Shedd, C.S.Lewis, sem falar os de literatura, filosofia, psicanálise). 

Então fiquei triste, com raiva e determinada ao mesmo tempo. Triste pelo tempo estar passando e muitos desses livros continuarem fechados na prateleira; com raiva por estar dedicando mais tempo a filmes, séries e documentários, que também podem ser muito bons, mas geralmente são ladrões de nosso precioso tempo e, finalmente, determinada a separar algumas noites para, em vez de ligar a TV ou navegar pela internet, abrir um desses nossos amados livros e ler. 

Espero ser disciplinada o suficiente para cumprir minha resolução. E espero de coração ter motivado você a fazer o mesmo.

Escrito por Noemi Altoé Silva

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